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No Agosto Lilás, SINPAF reafirma a luta contra a violência de gênero

Foto: Divulgação

Na última semana, o Brasil completou 19 anos desde a aprovação da Lei Maria da Penha — um marco histórico no enfrentamento à violência doméstica e familiar contra a mulher. A data, no entanto, é lembrada como motivo de alerta e mobilização, visto que o país enfrenta números altíssimos de violência contra as mulheres. Segundo o 19º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado neste mês, a cada quatro mortes violentas de mulheres no Brasil, uma é feminicídio. Em 2024, foram 1.492 vítimas, uma média de quatro mulheres assassinadas por dia simplesmente por serem mulheres.

A maior parte dessas vítimas era negra (63,6%), tinha entre 18 e 44 anos (70,5%) e foi morta dentro da própria casa (64,3%). Em oito de cada dez casos, o autor foi um companheiro ou ex-companheiro. São crimes que, muitas vezes, acontecem em silêncio, nos lares que deveriam ser espaços de segurança e afeto.

“Os dados, são mais do que estatísticas e revelam histórias interrompidas, famílias destruídas e uma cultura machista que ainda encontra espaço para se perpetuar”, destaca Sílvia Belloni, Diretora da Mulher do SINPAF.

Após 19 anos após a Lei Maria da Penha, o Brasil continua registrando recordes de feminicídios e estupros. “Quando olhamos para esses números, não vemos apenas vítimas — vemos a falha de um sistema que não protege, a ausência de políticas eficazes e a necessidade urgente de transformar mentalidades. É preciso agir antes que o crime aconteça, investir em prevenção, educação e proteção real”, esclarece Belloni.

O Sindicato reforça seu compromisso com a defesa da vida das mulheres, com a promoção de ambientes de trabalho e convivência livres de violência, assédio e discriminação, e com a cobrança por políticas públicas que rompam o ciclo de violência.

O Agosto Lilás é um chamado à sociedade. Denunciar, acolher, apoiar e proteger não são atos isolados — são responsabilidades coletivas. Porque cada vida interrompida é uma perda irreparável para toda a sociedade.

Veja mais dados sobre a violência contra a mulher aqui

Apoio e denúncia: por onde começar

Se você ou alguém que você conhece está em situação de violência, é importante saber que não está sozinha e que existem profissionais e instituições preparados para ajudar.Busque apoio emocional: converse com pessoas de confiança — familiares, amigos ou profissionais especializados — que possam oferecer suporte e orientações.
Contate a polícia: em caso de risco imediato, ligue para o 190 e informe todos os detalhes possíveis sobre a agressão e o agressor.
Procure auxílio jurídico: a Defensoria Pública, advogados especializados em direitos da mulher e organizações não governamentais podem orientar sobre medidas protetivas e ações legais.
Busque apoio psicológico: profissionais capacitados em violência doméstica podem auxiliar na superação dos impactos e ajudar na reconstrução da sua vida.

Toda mulher tem o direito de viver em um ambiente seguro e livre de violência. Denunciar é o primeiro passo para interromper o ciclo e reconquistar liberdade e dignidade.

Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180

Via - SINPAF

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