Governadores do Nordeste estudam limitar doses da Sputnik V a poucas cidades
Foto: Reprodução/Facebook/Embaixada da Rússia no Brasil |
O governador do Piauí, que é também presidente do Consórcio Nordeste, Wellington Dias (PT), afirmou neste sábado (5) que os governadores do Nordeste estudam concentrar as primeiras doses da vacina Sputnik V em uma cidade de cada Estado. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou nessa sexta-feira (4) com restrições, o pedido de importação excepcional do imunizante, além da vacina Covaxin.
O gestor falou sobre o assunto durante um evento online com um grupo de advogados. Segundo ele, a ideia é reproduzir o mesmo experimento realizado na cidade de Serrana (SP) pelo Instituto Butantan, para verificar a eficácia da vacina Coronavac.
“A ideia é ter esse monitoramento acompanhado pela Anvisa e pela ciência, por nossos cientistas. A ideia que a gente discutiu hoje é de, provavelmente, escolher cidades. Piauí, por esse 1%, duas doses, vai receber 64 mil doses. Vamos escolher uma cidade que tenha mais ou menos 32 mil pessoas para vacinar. Vamos aplicar a primeira e a segunda dose, como foi feito em Serrana, acompanhado pelo Butantan. E assim, cada um dos Estados. É mais ou menos essa a ideia”, disse Wellington.
Em nota, o Consórcio Nordeste e o Consórcio Amazônia Legal informaram que já iniciaram um diálogo com os fornecedores russos para a importação da vacina. Serão analisados os procedimentos técnicos mencionados pela Anvisa para reajustes contratuais e execução dentro dos termos federais. Confira a nota ao fim da reportagem.
Em maio deste ano, o Consórcio Nordeste pediu que a Anvisa reavaliasse a importação da vacina e enviou um ofício com respostas do Instituto Gamaleya, responsável pela fabricação da vacina, com os questionamentos feitos pela agência na sessão que rejeitou a importação do imunizante.
A Sputnik V foi requisitada por seis estados: Bahia, Maranhão, Sergipe, Ceará, Pernambuco e Piauí. Em abril, um pedido de 30 milhões de doses para 14 estados foi rejeitado pela Anvisa.
Já a Covaxin faz parte de encomenda do Ministério da Saúde, que renovou o pedido de importação de 20 milhões de doses – em março, a compra também foi negada pela agência.
Confira a nota:
Os governadores dos estados do Nordeste e da Amazônia Legal, reunidos neste sábado (5), comemoraram a decisão da Anvisa em liberar a importação da vacina Sputnik.
Estamos analisando, juntamente com os fornecedores russos, os procedimentos técnicos mencionados pela Anvisa, visando a ajustes contratuais e à execução nos termos das Leis Federais 14.124 e 14.125/2021.
Reiteramos a determinação de obter mais vacinas para as populações das nossas regiões, em nome de nossas causas principais: Vida e Saúde.
Com a ampliação das vacinas, o Brasil poderá superar a conjuntura de sofrimentos familiares, cries econômica e desemprego.
Fonte: G1
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