Pedidos de reembolso ao INSS passam de 1 milhão
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Mais de 1 milhão de pedidos de reembolso de descontos não autorizados feitos por entidades associativas foram registrados por aposentados e pensionistas, segundo dados divulgados pelo INSS ontem.
Conforme o instituto, os registros chegaram a 1.051.238, no acumulado de quarta-feira e ontem. O governo espera que, com as respostas, chegue à dimensão do caso.
Mesmo assim, beneficiários reclamam de dificuldades de acesso ao aplicativo Meu INSS e de atendimento pelo telefone 135 para o registro de denúncia sobre descontos indevidos.
Morador da zona rural de Iranduba, no Amazonas, Raimundo Coelho, de 62 anos, relatou que tentou acessar o aplicativo Meu INSS ontem, mas não obteve sucesso.
"Não foi possível acessar o Meu INSS, e quando redireciona, fica dando um erro constante. Hoje (ontem), procurei uma pessoa para me ajudar por outro telefone e também não consegui. Amanhã (hoje) vou tentar com outra pessoa para entrar no aplicativo ou através gov.br", disse o aposentado.
Ele contou ter descoberto sobre os descontos indevidos ao assistir a uma reportagem na televisão. "Fui até a agência da Previdência Social e solicitei um relatório. Foi lá que descobri que estavam descontando da minha folha de pagamento. (... ) Bloqueei e pedi o ressarcimento, mas disseram que isso seria feito 'progressivamente'", relatou. "Queremos saber quando realmente vão nos ressarcir. É muito fácil dar essa explicação. E vem com correção monetária?". Ele disse ter esperança de receber a devolução, pois é pai de um adolescente com deficiência que requer atenção e cuidados especiais.
A dificuldade no acesso à plataforma variou entre as regiões do país, conforme apurado pelo Correio. Na Ceilândia, o aposentado Paulo Fernandes, 62, afirmou que não teve problema, mas que sentiu falta de um canal para detalhamento da denúncia.
"Eu entrei no meu INSS e disse lá que eu não autorizei desconto do meu benefício. Pena que a gente não pode escrever nada para ele (o INSS) e acabar com essa roubalheira", lamentou ele, que teve descontos mensais de R$ 80.
Fonte: Correio Braziliense
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