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Coluna: Glauber Braga escancara a verdadeira face de Hugo Motta

 

Foto: reprodução/ Deputada Erika Kokay

Ao sentar na cadeira de Presidente da Câmara na tarde de ontem (9), o deputado Glauber Braga cometeu um excesso proposital. Sua intenção era denunciar o tratamento desonesto que seu caso vem recebendo na Casa Legislativa e expor a verdadeira face de Hugo Motta.

Em agosto, após a prisão de Jair Bolsonaro, deputados ligados à extrema-direita ocuparam fisicamente a mesa da Câmara, em episódio idêntico. A reação do presidente da Casa foi telefonar para o líder do Partido Liberal (PL), Sóstenes Cavalcante, pedindo que os parlamentares desocupassem o espaço. Não foi acatado. Conseguiu uma reunião para discussão de pauta com os ocupantes ilegítimos e acabou resolvendo no diálogo.

Ontem, Hugo Motta fez diferente. Determinou que os jornalistas fossem retirados do plenário, em movimento inédito desde a redemocratização do país. O sinal da TV Câmara foi cortado pela primeira vez em mais de 25 anos. A Polícia Legislativa foi acionada, por sua determinação, para retirar Glauber à força. Ele resistiu, junto com aliados políticos, que acabaram feridos pela ação truculenta dos agentes. No tumulto, jornalistas protestaram e também se machucaram.

A condução da crise por Hugo Motta foi um excesso ainda mais grave do que o cometido por Glauber. Mostrou que o atual presidente da Câmara tem lado, e é o lado do extremismo, do silenciamento, dos coronéis e da burguesia. Basta observar a quantidade de projetos e emendas nocivas ao povo aprovadas por ele e por seu grupo de apoio nos últimos meses, que lhe renderam o apelido de “Hugo não se importa” e ao Congresso a alcunha de inimigo do povo.

O uso seletivo da força, o cerceamento da imprensa e a disposição de agir com violência quando lhe convém revelam um presidente da Câmara disposto a atropelar tudo e todos. Glauber Braga provou seu ponto. Repressão contra a democracia, contra a liberdade de imprensa e contra um mandato popular é inadmissível.
Convidado da coluna Hélder

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