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'Titanic': o que é real e o que é ficção no filme de James Cameron?

 

Foto: Divulgação

O naufrágio do Titanic aconteceu há mais de um século, mas continua atraindo a curiosidade de muita gente. E algumas dessas pessoas chegam a investir muito dinheiro para tentar chegar o mais próximo possível da embarcação.

Para quem não tem interesse, coragem ou dinheiro suficiente pra embarcar em uma expedição ao navio, James Cameron tentou contar um pouquinho da história do naufrágio no filme "Titanic", em 1997.

E o Semana Pop conta o que é real e o que é só ficção no premiado filme do cineasta. É importante dizer que o próprio James Cameron já fez 33 expedições aos destroços do Titanic.

O cineasta é um grande aficionado pelo fundo do mar, e já contou que fez o filme porque queria chegar o mais próximo possível do navio. Ele percebeu que levar essa história pra Hollywood aumentava a chance de uma expedição. E realmente deu certo. Tanto que o filme é a quarta maior bilheteria da história e levou 11 estatuetas no Oscar.

Todo esse conhecimento conquistado por Cameron pelas dezenas de visita ao navio também foi usado em outra obra do cineasta, o filme "Avatar: o caminho da água".

Referências

Cameron misturou as duas coisas e usou um romance fictício entre o icônico casal Jack e Rose para contar a história de uma tragédia real.

Para isso, trouxe referências do que realmente aconteceu com a embarcação e juntou com sua criatividade e licença poética.

É fato, como todo mundo já sabe, que o navio afundou depois de bater em um iceberg. Mais de 1500 pessoas morreram no acidente, que aconteceu em abril de 1912.

O navio afundou de madrugada, por volta das 2h20. E há referências sobre esse horário em cenas do filme, como no relógio que aparece quando a água já toma boa parte da embarcação.

Cameron também reproduziu uma imagem da vida real logo no início do filme, quando mostra um garotinho jogando pião no deck do navio. A cena podia ser apenas a ideia de um momento comum da época. Mas não. Ela é reprodução de uma foto feita por um passageiro do Titanic, mostrando o momento de diversão de seu filho, de 6 anos.

A foto foi preservada porque o pai da família desembarcou em uma das primeiras paradas do navio, antes de acontecer a tragédia.

Ainda no começo do filme, uma fala dita pela mãe da personagem Rose é um dos maiores mitos em torno da embarcação, segundo alguns estudiosos.

Na cena, enquanto eles ainda estão no cais, ela fala que o Titanic "é o navio que todos dizem ser à prova de naufrágio". Mas o Titanic nunca foi anunciado ou divulgado dessa maneira. Esses boatos surgiram somente depois do desastre.

Réplica de único carro no navio

Outro momento marcante do filme é a cena de sexo de Jack e Rose dentro de um carro. O veículo utilizado no filme é uma réplica de um Renault Type CB Coupe de Ville, de 1912, que foi içado pra dentro do Titanic.

Ele era o único carro dentro do navio e nunca foi encontrado após o naufrágio. Já seu dono, o milionário americano Villiam Carter, foi um dos sobreviventes do acidente.

James Cameron se mostrou bastante preocupado em chegar o mais próximo da realidade possível, mas sem deixar de trazer a pegada de drama que Hollywood gosta.

E essa preocupação aconteceu mesmo depois do filme lançado. O diretor chegou a fazer alguns testes com a ajuda de engenheiros e cientistas pra descobrir se a cena em que ele reproduz o momento em que o navio se parte ao meio e afunda de vez foi verdadeiro.

E nesse ponto, há duas questões: sim, o Titanic realmente se partiu ao meio depois que a parte de trás do navio, a popa, já estava com boa parte submersa.

No filme, essa quebra cinematográfica acontece quando o navio já está quase a 90 graus em relação ao mar. Mas estudos mostraram que, para acontecer essa ruptura na vida real, a embarcação não precisa mais do que 23 graus de inclinação.

Ou seja, o filme mostra sim, a realidade, mas dando um tom bem mais dramático. Cameron já disse que, como não dá pra saber exatamente o que aconteceu em relação a isso, ele tentou ser o mais preciso que podia na época.

Fonte:G1

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