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EUA matam chefe do Estado Islâmico em operação na Síria

Foto: EyePress News via AFP

Forças especiais dos Estados Unidos realizaram uma operação antiterrorista no noroeste da Síria nesta última quinta-feira (3), e mataram o chefe do Estado Islâmico, Abu Ibrahim al-Hashimi al-Qurayshi.

A missão deixou 13 mortos, incluindo 6 crianças e 4 mulheres, segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), uma ONG que tem uma ampla rede de informantes no país.

É a maior operação de forças americanas na Síria desde outubro de 2019, quando foi morto Abu Bakr al-Baghdadi, o então líder do Estado Islâmico.

A morte de al-Baghdadi foi confirmada quatro dias depois pelo grupo terrorista, que anunciou Abu Ibrahim al-Hashimi al-Qurayshi como seu sucessor.

Os EUA ofereciam uma recompensa de US$ 10 milhões por informações sobre al-Qurayshi.

A morte do atual chefe do Estado Islâmico foi confirmada pelo presidente dos EUA, Joe Biden, em um comunicado divulgado pela Casa Branca:

“Graças à habilidade e bravura de nossas Forças Armadas, tiramos do campo de batalha Abu Ibrahim al-Hashimi al-Qurayshi – o líder do ISIS [Estado Islâmico, na sigla em inglês]”, afirmou o presidente americano.

A operação

Militares americanos pousaram de helicóptero perto de acampamentos de deslocados na cidade de Atme, na província de Idlib. Tiros e explosões foram ouvidos durante a ação, que durou duas horas.

A agência de notícias France Presse diz que o alvo foi uma construção de dois andares, em uma área cercada por árvores, e parte do prédio foi destruída no ataque.

O Pentágono afirmou que forças especiais “executaram uma missão antiterrorista durante a noite no noroeste da Síria” e “a missão foi um sucesso”. “Não houve vítimas entre as forças americanas”.

Guerra civil na Síria

Os acampamentos superpopulosos de Atme, perto da fronteira com a Turquia, estariam sendo utilizados de base pelos líderes extremistas, que se escondem entre os deslocados.

Idlib é uma região no noroeste da Síria que não é controlada pelo ditador Bashar al-Assad. Grupos extremistas e insurgentes lutam contra o governo em uma guerra civil que já dura mais de uma década.

Idlib e as províncias vizinhas de Hama, Aleppo e Latakia são dominadas pelo HTS (Hayat Tahrir Al Sham, ou “Organização para a Libertação do Levante”), o antigo braço da Al-Qaeda na Síria.

A província também abriga grupos rebeldes e outros grupos extremistas, como o Hurras Al Din (“Guardiões da Religião”).

Ataques da Rússia e dos EUA

Todas as facções já foram alvos de ataques aéreos, principalmente do governo sírio e da Rússia (que apoia o regime de Assad).

A coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos e as forças especiais americanas também promovem ataques na região, mas as operações com helicópteros são raras.

A complexa guerra da Síria, um país fragmentado com a presença de vários grupos insurgentes e terroritas, já causou a morte de quase 500 mil pessoas desde 2011.

Conteúdo G1

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