Tradição do sábado de aleluia mantém a queima de Judas em diversas regiões do Brasil
A prática consiste na confecção de bonecos feitos com materiais como palha, pano, papel e garrafas plásticas, geralmente recheados com pólvora ou outros dispositivos sonoros. Em seguida, os bonecos são pendurados em locais públicos e incendiados diante de moradores e visitantes.
Os participantes associam a figura do boneco à traição de Judas a Jesus Cristo, conforme descrito nos evangelhos. A tradição é registrada em municípios do interior e também em bairros urbanos, onde moradores se organizam para realizar a encenação de forma coletiva.
Além da queima, em algumas localidades há leitura de "testamentos" atribuídos ao boneco. Os textos, muitas vezes escritos em tom humorístico ou crítico, mencionam figuras públicas, autoridades locais ou fatos do cotidiano.
A origem da tradição é atribuída à herança de práticas populares trazidas pelos colonizadores ibéricos. Registros históricos indicam que o costume foi adaptado ao contexto brasileiro com variações conforme a região.
Apesar de sua recorrência, a queima de Judas tem sido alvo de debates nos últimos anos. Alguns setores da sociedade discutem o sentido da prática e os impactos simbólicos que ela pode gerar.
Mesmo com as discussões, a tradição segue presente no calendário de celebrações de diversas comunidades, mantendo-se como um evento de participação coletiva e manifestação cultural.
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