Torcida mista em Ba-Vi volta ao debate após assinatura de termo por MP-BA e clubes
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A assinatura ocorreu durante um seminário promovido pelo MP-BA, em Salvador. Idealizadora do encontro, a promotora de Justiça e coordenadora do Ceacon, Thelma Leal, declarou apoio ao retorno da torcida visitante aos clássicos BA-VI, mas ponderou que é preciso estruturar o ambiente antes. Ela convocou os envolvidos a construírem um espaço mais seguro, diverso e inclusivo.
“É inaceitável que o esporte, que deveria ser um espaço de inclusão e respeito, torne-se palco para agressão e ódio”, afirmou.
O evento reuniu especialistas, representantes do poder público, dirigentes esportivos, torcidas e profissionais da imprensa. O vice-presidente da FBF, Manfredo Lessa, ressaltou o papel das organizadas no debate, mas reconheceu que a torcida única acabou se tornando medida necessária. “Sob a ótica do futebol como espetáculo, a torcida única é uma grande depreciação. Mas ela, infelizmente, tornou-se necessária”, disse.
Também participou do seminário o professor da UFRJ e cofundador do Observatório Social do Futebol, Nicolas Cabrera. Ele apresentou dados do levantamento ‘Violências e políticas de segurança no futebol brasileiro – uma análise dos casos registrados em 2023-2024’, que aponta mais de 60 mortes ligadas ao futebol no período analisado. Foram 158 ocorrências em 2023 e 303 em 2024, em sua maioria registradas fora dos estádios, principalmente em São Paulo e Rio de Janeiro.
O termo firmado entre as instituições baianas é considerado um passo inicial para criar um ambiente mais seguro e, futuramente, viabilizar o retorno da torcida mista nos clássicos.
Fonte: Blog do Valente

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